quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SOBRE TÁBUA OUIJA E JOGO DO CÓPO: A CHAVE MESTRA DO OUTRO MUNDO (Um artigo de Lord A:.)


Halloween.Dia dos Mortos.Noite de antigos espíritos de outros tempos e véus caminharem entre os mundos.Tempo de lançar filmes de terror como "Possessão: A escuridão vive dentro de você" do cineasta Sam Raimi(e seu Dybukk endiabrado), tempo de sustos, traquinagens e de Tábuas Ouija, Jogos-do-Cópo e muitas outras criações humanas ancestrais sempre ressurgirem por aí...

Ao longo deste artigo, que se inicia com uma visita a um dos meus filmes de terror favoritos "O Exorcista", onde toda a trama diabólica se desencadeia depois da aparição de um tabuleiro Ouija.Em seguida visito outro filme chamado Despertar, onde o mesmo tabuleiro é usado para curar pacientes não-responsivos e catatônicos.Em seguida me embrenho na escura floresta relacionada a história de antigos oráculos, deídades como os Dáctylos, nas histórias usos e experiências com tábuas ouijas, jogos-do-cópo, jogos do compasso e tantos outros "joguetes", que na realidade de hoje são ritos sem mitos... apresentados como entretenimento mas que oferecem acesso ao subconsciente dos modernos...e a inefável "terra da névoa" dos pré-modernos...a terra dos elfos ou o inferno era só uma questão etimológica e de época e paradigma reinante...sentiu um certo temor?Então iniciemos nossa jornada..

Um dos maiores clássicos do cinema de terror mundial vem dos anos setenta e chama-se "O Exorcista".Originalmente inspirado no livro homônimo de William Peter Blatty conta a diabólica história de uma garota possuída por um demônio chamado Pazuzu - e a heróica luta de um padre para resgata-la do mal em pleno Estados Unidos do século XX.Só a produção do filme já é uma história de terror a parte com direito a desgraças de todo tipo.Com direito a mortes de integrantes da equipe, atores e atrizes feridos com lesões e hematomas nas filmagens, a protagonista pegou pneumonia, maldições de cultos evangélicos fanáticos e muitas outras especificidades.Chegando a extremos do roteirista, que era o próprio autor do livro chamar um padre para abençoar o cenário principal.

O filme contou com a célebre atuação de Max Von Sydow no papel título, um padre exorcista confrontando o demônio encarnado na péle da então adolescente Linda Blair.Os recursos utilizados para a jovem endemoniada incluíam rugidos gravados de porcos indo para o abatedouro, sopa de ervilha para vômitos, falas tão obscenas que deixavam o pobre Max atônito e que foram gravadas por uma atriz que fumava seis maços de cigarro por dia e mantinha uma estranha diéta alimentar...sem falar nos contorcionismos e usos incomuns para crucifixos.Acrescente a tudo isso um diretor chamado William Friedkin que construiu um set de filmagens no congelador de um frigorífico para quando os atores falassem a fumaça saísse de suas bocas - e eles sentissem o desconforto do frio.Outro hábito de William era disparar tiros de uma pistola do nada para assustar todo mundo durante as filmagens e o medo dos atores serem genuínos.Cenas de contorcionismos, quedas brutais de escadas e vômitos de sopas verdes também estavam incluídos nesta trama sinistra.O filme também marcava a entrada dos grandes estúdios no gênero de horror, subjugando e decretando o fim das simpáticas produções de terror mais requintadas da Hammer e da Universal (a qual construíam suas apoteóses delirantes com refinadas trilhas musicais).O Horror estava instalado na industria cinematográfica e se tornaria um filão rentável.O Exorcista foi um dos filmes de terror mais lucrativos da história e o primeiro a ser indicado a um oscar no ano de seu lançamento.Claro, o bem vence o mal ao término da obra.

A jovem possuida Regan de O Exorcista
Falamos iniciamente do filme, vamos ao contexto da obra, segundo consta na internet o personagem Joseph Dyer, amigo do padre Karras no filme, é interpretado pelo padre William O´Malley, que até hoje leciona na Universidade de Fordham, onde parte do filme foi rodada. Ele ainda mostra cenas do longa em suas aulas admitindo que "80% dessa história é real".Sim, a história é baseada em fatos reais.A história de William Peter Blatty se inspirou em notícias da cidade de Georgetown (onde o filme foi rodado praticamente duas décadas depois), o ano era 1949 e as notícias falavam sobre o exorcismo de um adolescente chamado Robbie Manheim, possuído por um demônio após brincar com uma tábua ouija para tentar se comunicar com sua tio morta recentemente.A história fica ainda mais assustadora pois segundo consta o tabuleiro foi um presente do tia moribunda, para ficar em contato com o garoto na época.Naqueles tempos "Tábuas Ouijas" eram vendidas como jogos de entretenimento e lojas de brinquedo como veremos adiante neste artigo.De volta ao filme "O Exorcista" a simpática adolescente Regan McNeil vai aos poucos sendo "encapetada" com mudanças de voz, de hábitos repletas de convulsões e demonstrações de poderes sobrenaturais - que não são expressões da puberdade como pensava sua mãe.Tudo isso começa quando ela brincava como uma Tábua Ouija e começa a contactar uma entidade aparentemente inofensiva chamada Capitão Howdy (cujo o nome recordava o do pai de Regan) mas que na realidade era Legião ou o próprio Pazuzu fazendo uso do tabuleiro para assediar e tomar a jovem.A medicina e as ciências mentais nada conseguem e então o exorcista intepretado por Max Von Sydow é convocado.Ele retorna do oriente médio e trava sua última luta com Pazuzu (seu inimigo fidalgal, por toda a vida ao que tudo indica pela "prequel" lançada décadas depois), auxiliado pelo padre Damien Karras.Ambos morrem em batalha.Se você não assistiu, procure assistir.Vale cada instante e ainda hoje provoca bons sustos - principalmente se assistido na calada da noite...Este é o filme que concederá a notoriedade e o pavor atribuído ao Tabuleiro Ouija nos dias de hoje e a práticas semelhantes, praticamente uma imagem indelével na cultura pop e registrada na mente de todos praticantes da arte.Um dos comentários mais sensatos sobre a obre, vem do reverendo Michael Ramsey, Arcebispo de Canterbury:(...)"Eu acredito na existência da posessão demoníaca e exorcismo genuíno, mas o que é tratado no filme é basicamente supersticioso, fraudulento e índice de imaturidade religiósa.(...)

Ainda falando em cinema e utilizações de Tábuas Ouijas, temos um contraponto ao discurso malévolo sobre estes tabuleiros como epítomes e chaves-mestras do mal. No filme "Despertar" (Awakenings de 1990) onde o doutor interpretado por Robie Williams faz experiências com pacientes catatônicos usando um tabuleiro ouija, e descobre que um dos pacientes não-responsivos (interpretado por Robert DeNiro) está na verdade operando em um nível subconsciente.Claro que para um artigo escrito para um site de terror em tempos de Halloween tal filme possa não ser considerado objetivo ou diretamente ligado ao tema - mas para quem aprecia a questão da Tábua Ouija, pode ser um excelente ponto de reflexão...ao longo do artigo vamos estudar e aprofundar a visão sobre este curioso artefato.

O QUE FIZER COM AS INFORMAÇÕES REVELADAS É ENTRE VOCÊ E O ENIGMÁTICO TABULEIRO OUIJA - É SÓ UM JOGO...NÃO É? (Slogan dos tabuleiros ouijas comercializados nas duas primeiras décadas do século XX)


Lord A:. apreciando a obra "3 Livros
de Filosofia Oculta de Cornélio
Agrippa" - foto de Max Candido
Um rito sem um mito é um jogo, um entretenimento e enfim uma brincadeira.A loucura só é loucura quando não atinge um objetivo ou um esperado grau de acerto a respeito de algum tema.E outros ainda dizem que o problema (ou o patológico) não é falar com Deus (ou com os Deuses, embora este já seja um problema político e temporal) e sim quando o tal ou os tais respondem - principalmente quando respondem sem fazerem uso das instituições que alegam administrarem e mediarem sua comunicação.Visto que "crenças" são indiscutíveis e o direito de crêr (naquilo que quiser) é assegurado legalmente - podemos apenas direcionar a questão pelas consequências, efeitos e resultados delas...e neste artigo exploramos a questão da "Tábua Ouíja" e ainda do "Jogo-do-Copo".
Acredito que meus leitores e leitoras dispensam uma descrição mais detalhada do que seja uma "Tábua Ouija" ou ainda o tal do "Jogo-do-Copo".Como quem aprecia meus escritos em geral sente hojeriza perante a leviandade, superficialidade - dificilmente dança em torno de uma fogueira com tecidos secos envoltos no corpo e nem se aventura a mergulhos em águas profundas sem as devidas precauções - rogo para o cultivo da sensatez, respeito, apurada metodologia e justa-medida se por ventura se aventurar em conduzir tais práticas com Tábuas Ouijas ou ainda "Jogos-do-Copo".Inclusive quando tais práticas concederem resultados substancialmente comprováveis e objetivos.Para quem quiser se "auto-amaldiçoar", ler impropérios, histórias pavorósas sobre o tema repletas de fracassos medonhos, inexistência de benevolência e consequências nefastas - há milhares de artigos deste gênero pela internet, que são gratuítos e disponíveis através do próprio Google.E particularmente, não pretendo reforçar tal mesmíce...não mesmo!



0.COMO O PONTEIRO OU O CÓPO SE MOVIMENTAM? Todas as vivências com a magia, o processo extático e a relaidade não-ordinária sempre são acompanhadas de pequenas mudanças sutís e mesmo físicas, a tal da sincronicidade para alguns.Se não houver nenhum leitor ou leitora do tipo chato e decretador de que sua experiência é a mais real das reais...mesmo que não seja tão fabulosa assim e que necessite desesperadamente provar para sí mesmo que o ponteiro se move sózinho.Se também não houver nenhum ateu, cético e chato que necessite "ler" ou afirmar que o ponteiro depende exclusivamente e potenciamente dos dedinhos dos participantes para se locomover.No final das contas podemos dizer que o ponteiro ou o cópo se move mesmo que sutílmente porque há "energia" (a qualidade adjetiva, psicocinése, magnetismo e "etcs" vai de cada um), justamente porque há "toque" da pontinha dos dedos dos utilizadores.No entanto o que direciona para onde vai o cursor pertence ao "mistério" como desenvolveremos ao longo deste artigo.Realmente pertencerá ao mistério uma vez que você não esteja envolvido em alguma experiência mediúnica fraudulenta e nem em algum "joguete" de pessoas sacanas...

Segundo a senhora Hester Travers Smiths(em 1919"!") na obra "Vozes no Vácuo" (uma das raras leituras honestas, pessoalizadas e pautadas na vivência da autora com os Tabuleiros Ouija - e não em "ouvir de terceiros), ela aponta que:"(...) A cruz de decidir se é uma influência externa ou não que age consiste em determinar quão longe o sí mesmo subliminal tem parte nesses experimentos.Ninguém que esteja presente está em posição mais difícil para julgar isso do que o próprio automatista.Quando uso o tabuleiro não estou consciente de que minha condição é diferente do normal, mas se me perguntassem seu usei ou não minhas mãos para empurrar o navegador para certas letras seria incapaz de responder.Se faço isso da minha parte, é uma ação inteiramente subconsciente.O que posso afirmar com segurança é que, após um tempo curto, mensagens vem ao meu cérebro antes que sejam escritas, e novamente sou incapaz de dizer se são sugestões de uma entidade exterior ou não.Sou inclinada a acreditar que são; pois algumas vezes vêm sentenças que são exatamente o contrário do que eu esperaria, e novamente, quanto mais desejo que o navegador se mova por mim, mais ele fica parado(...)" Já o autor e magista J.Edward Cornelius na obra Aleister Crowley e o Tabuleiro Ouija (lançado no Brail pela Madras) faz uma interessante citação aos escritos de Hugh Lyin Cayce:"(...)é o indivíduo quem move o triangulo(...)A informação que geralmente vem é sobre o que é esperado, da mente subconsciente, no interior da qual todos os tipos de pensamentos foram suprimidos e pressionados.O resultado de tal esforço pode ser uma mistura desconcertante de nonsense, sujidades e filosofia barata.Afortunadamente em muitos casos, o resultado é esgotamento, impaciência e a descoberta é de pouca ajuda e, com frequência, excessivamente tola.Ele segue concordando com Smith, que uma pequena porcentagem de pessoas que insistem no uso do tabuleiro Ouija descobre níveis profundos de onde vem prosa poética ou poesia, e frequentemente grandes doses de admoestação religiosa (...)"Particularmente aprecio quando o autor J.Edward Cornelius afirma que:"(...)quanto mais profundo mergulhamos nas águas astrais, mais tênue a linha de diferenciação entre o que são "eles" e nós.Alguns magistas declaram até que é quase impossível diferenciar se você ou uma entidade astral está controlando a planchette e que na verdade tal distinção não é necessária (...)" Creio que muitos leitores e leitoras que já tiveram uma vivência neste campo do processo extático ou mesmo com a mediunidade podem atestar as afirmações citadas aqui - enfim, os mais aptos sempre terão melhores resultados.

1.NÃO VAI COMEÇAR COM A INFÂME PERGUNTA DO "TEM ALGUÉM AÍ"?PORQUE TEM! Vamos começar pela noção mais "básal", mais simples e direta - se você irá mexer com a "Tábua Ouija" ou um "Jogo-do-Copo" apenas para ver "Se tem Alguém Aí?" temos algo semelhante a você abrir a porta da sua casa e chamar qualquer um para entrar.O que virá daí em diante, vai da sua conta e risco.Atraímos para a vida da gente aquilo que temos e cultivamos em abundância em nossas escolhas e histórias de vida.Tanto aquilo que mostramos para os outros quanto aquilo que resguardamos ou ainda insistimos que jaz em "terceiros" deste ou de outros mundos.Imagine se entra um "estranho" ou "estranha" e rapidamente começa a dar ordens do que deve ser feito na sua própria casa sem sua autorização.Isso sem falarmos de personalidades e também sub-personalidades, grandes autores, artistas e afins...ou ainda escritores e pintores que estranhamente parecem ter perdido sua genialidade e talento depois da morte...ou mesmo Jesus, Mago Mérlim e tantos outros...até mesmo deuses e deusas, arcanjos e muitos outros.Cujo o papo de algibeira das tais comunicações, dificilmente pode oferecer um lampejo de "naturezas não-ordinárias".Ou seja você caiu nas mãos de algum elemental embusteiro e até um morto-perdido á cata de atenção - ou ainda alvo das suas próprias mazélas.Não vai "endeusar" quem aparecer ou te responder de primeira...as vezes você pode estar apenas utilizando um "autoscópio" para examinar a sí.
Então, não faça por brincadeira, sem objetivo ou apenas para ver se alguém responde - pois sempre há resposta (mesmo que seja só dos seus próprios desátinos).Se o que procura é alguma atenção ou alguém para papear, continue utilizando chats e bate-papos de internet.Não que este parágrafo pretenda restringir ou assumir um tom de maldição Shakesperiana - nem tampouco defender que toda vez que alguém ou um grupo se posicionar e escolher utilizar tal prática que haverá resultados comprováveis e factuais - pode ser que não haja, o que é bem comum também.Outras vezes podem haver resultados pirotécnicos que se enquadram na história das utilizações criminosas e fraudulentas da Tábua Ouija e até do Jogo do Copo (como foi uma grande febre no século XIX e durante o século XX - e que meu amigo o Ilusionista Clayton Heredya estuda detalhadamente em diversos textos neste link).Vamos apenas encerrar este tópico pontuando que "SIM" sempre há uma resposta mesmo que ela seja apenas dos seus próprios desatinos ou das outras pessoas que participaram.Se não houvesse, porque se importar ou sequer ter estado e participado de algo assim.E se você tiver que pensar a respeito depois da prática, lembrar ou ficar se questionando demais (quem sabe se esforçando para negar ou desacreditar) terá que dispender tempo para "compreender" e "solucionar" o tal dilema.Então não será algo que "não deixa marcas" e não "ocupa tempo" que poderia ser usado para outras coisas...não dá para sair com aquele dito populacho "que só é algo circunstancial ou ainda psicológico..."

2.QUEM OU O QUE VEM A RESPONDER? E COMO RESPONDEM? No tópico anterior consideramos que mesmo a ausência de uma resposta durante uma prática - de certa forma é uma resposta.Se de alguma forma a "experiência" afetou você e as recordações ou sentimentos sucítados de tal vivência lhe roubam e ocupam seu tempo buscando aprovação ou rejeição dos resultados - há uma resposta para ser interpretada.Como você irá abordar ou responder pertence inteiramente a você pode ser de cunho psicológico, espiritualista e etcs.Vamos focalizar essencialmente que a resposta é sempre subjetiva e baseada nos próprios símbolos, vivências e conteúdos que você apreende durante sua trajetória de vida (como soberbamente explicado no verbete da Sra.Smith).Cenas de filme, de novela, diálogos, fragmentos de idéias, sensações do corpo...traumas...e muitos outros.Então, sempre fica um "ar" de o que é meu e o que é dos "outros" neste tipo de vivência e de práticas - afinal as "respostas" fluem através dos participantes - e ainda se embaraçam - movendo-se através dos símbolos, vivências, lembranças, pontos-de-vistas, nojinhos, apreços e afetos que você vivênciou ao longo da linha do tempo da sua vida.E neste momento esta é a melhor forma que consigo utilizar para descrever a qualidade e natureza de tais práticas.Neste momento pude clarificar a segunda parte da questão deste tópico "E Como Respondem?", desta forma no próximo parágrafo me dedicarei a primeira questão "Quem ou o que vem a responder?"
Uma vez que a resposta que vem pelas Tábuas Ouijas, flui através dos seus próprios conteúdos vivênciais dos utilizadores e dos seus símbolos, linguagens interiores, codex de vivências, aparelho sensorial, repertório simbólico e aparelho cultural - delinear a natureza "de quem" ou do "que responde" é uma tarefa hérculea, subjetiva e bastante delicada.Serão ancestrais?Serão Elementais?Serão anjos ou demônios?Exús?Orixás?Deuses e Deusas?Quem vem do outro lado?E se por ventura você também nunca souber realmente?Seria muito bom você ter uma vivência e uma tecnologia ritualística que lhe ofereça alguma segurança e fundamentação para tais práticas - incluindo algum grau mesmo que rudimentar de controle, averiguação de identidade das forças contactadas, doutrinação, protocólos e proteção.Pois do contrário, práticas como Tábua Ouija ou ainda "Jogo-do-Copo" não são recomendadas por este autor.

Longe de evocar o clima de alarmismo e terrores (ou destinos piores do que a morte, para evocar o clima dos antigos romances góticos) que este tema gera no público brasileiro em geral.Mas é uma questão de respeito por sí e pelo que você fará consigo perante os resultados obtidos - objetivos ou subjetivos posteriormente a vivência.Energias, forças e pulsões são infinitas em suas expressões e manifestações - mas as consequências recaem sempre no quanto cada um escolheu deixar "passar", expressar ou manifestar delas por aqui na Terra.Havendo uma deídade ou força espiritual respondendo, teremos um caráter oracular na utilização da Tábua Ouija semelhante aos grandes oráculos da antiguidade - ou ainda expressões renascentistas como a tábua utilizada pelos britânicos Dee e Kelley - bem como seu alfabeto de poder Enochiano.E em tempos mais recentes até mesmo nos primórdios da religião dos Mórmon (Igreja de Jeus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) é atribuída a revelações enviadas através de oráculos como a divinação por cristais - e talvez uma tábua Ouija, pois é bem sabido do envolvimento de seu fundador e sua família com práticas de Magia Cerimonial como é contado por J. Edward Cornelius em "Aleister Crowley e o Tabuleiro Ouija" nas páginas 43 a 47.O Tabuleiro Ouija e o "Jogo-do-Cópo" baseiam-se nos principios do desenho automático e da escrita automática ou automatismo.O "automatismo" ou transe de escrita automática foi utilizado ao longo dos séculos, integrando até mesmo a metodologia do admirável Austin Osman Spare e seu alfabeto do desejo.E mesmo na América Central temos relatos de xamãs daquela região como Maria Sabina e seu livro de páginas brancas nos quais apenas ela vía os símbolos e canções.Se voltarmos para a renascença certamente encontraremos os sigilos e selos planetários; nas religiões afro-caribenhas e afro-brasileiras teremos a beleza dos pontos riscados e assim o tema dos alfabetos de poder se tornam universais e patrimônio humano de todas as eras.Já dediquei algumas linhas iniciais sobre o tema.

Se no final das contas tivermos apenas a tábua utilizada apenas como um mero "espelho negro" dos pensamentos e comportamentos dos participantes - um "autoscópio" - não muito diferente da utilização vulgar ou fragmentada de baralhos de tarôs ou das runas nórdicas.Ainda assim, ao término da utilização de um tabuleiro teremos algo interessante, criativo e desafiador para ser estudado. Embora o este tópico tenha ficado aparentemente difuso e inconclusivo - esta noção de "mistério" e de responsabilidade em lídar com o "outro lado" é a melhor mensagem que posso deixar para cada um de vocês a respeito das perguntas propostas aqui.Originalmente o termo "anjo" apenas designava mensageiro ou carteiro de tempos antigos na grécia...sua utilização nas traduções Bíblicas foi simplesmente política, pois o termo grego mais apropriado para tais deídades seria o Daemon socrático ou platônico.

3.CONSEQUÊNCIAS?O QUE VEM DEPOIS?O QUE VAI SER DE MIM?Para cada pessoa é de um jeito, não é possível estabelecermos um "vademécum" sobre vivências com Tábuas Ouijas ou "Jogos-do-Cópo".Desconheço quem é você e o que cultiva no seu cotidiano.Um dos enganos e perigos mais comuns são os teus Desejos imediatistas de satisfação oríundos de um cotidiano falho que irão tentar sua pessoa com tua própria sede de importância, de relevância e de projeção social. Outro erro crasso é a presunção ou simplesmente a "Hybriis".Mas delas já falei em outros artigos do site Vampyrismo.org.Como existe uma expressiva quantidade de pessoas que fazem uso da "Tábua Ouija" ou do "Jogo-do-Cópo" todos os dias e noites - com os mais variados graus de acerto e de contatos em todas as expressões qualitativas possíveis - só posso ficar com a idéia de que seja uma prática ambígua e pessoal para cada uma dessas pessoas ou grupos.Ao que se destinam os resultados dos contatos?E o que será feito deles?Talvez os programas televisivos sensacionalistas das madrugadas falem das experiências que deram errado - e assim possam justificarem seu marketing e arrebatarem mais novíços e ampliarem seus patrimônios políticos e financeiros.Para outras religiões institucionalizadas a utilização de Tábuas Ouija ou ainda de "Jogos-do-Copo" ferem o seu suposto direito sagrado interpretativo de mediarem e de interpretarem o "não-modelado" segundo suas próprias diretrizes e programas políticos no trato com o invisível.Já na boa e secular psicologia e demais ciências modernas que mapeiam a mente humana temos relatos de esquizofrenias, desvios comportamentais em suas teorias mais sevéras e nas mais brandas o trato com a sombra e também com o inconsciente - ou ainda o contato delicado com os arquétipos (que estão bem longe de serem algo inócuo e inconsequente)uma forma de bater a porta do subconsciente...

Em todos os casos temos na Tábua Ouija ou no "Jogo-do-Cópo" - e mesmo em qualquer oráculo em todas as épocas- um evidente problema social e político que desafia as normas sociais e políticas pois retira do governo e das instituições seu controle social e político no trato com o invisível e o não-ordinário - ou simplesmente o "Sagrado".Quem infringe tais regras datadas tende a ser marginalizado e discriminado pelo restante.A partir daí a situação do "praticar" ou não-praticar o uso de "Tábuas Ouijas" e "Jogos-do-Cópo" vem a se descortinar em pendegas familiares, escândalos praticado por adolescentes moradores de condomínios de luxo, acáloradas discussões de botécos, proibições exageradas, causos para se narrar em fogueiras xamânicas e encontros new agers, lendas urbanas  e todo aparato simbólico sobre o tema aprendido na literatura fantástica ou nos filmes de terror (em geral bastante decepcionantes pelos clichês utilizados)...e outros dítames do "populacho".O que infelizmente é uma consequência histórica que abordaremos no próximo tópico.

4.ENTÃO QUEM SÃO "ELES" E DE ONDE ELES VEM? Existem muitas possibilidades e muitos movimentos humanos que oferecem explicações desde mortos a desencarnados da Atlântida ou de Capéla ou revelações de tempos ainda mais remótos.Muitos de seus integrantes certamente ficarão indignados com este artigo, mas deixo a cada um a indagação e observação histórica. Históricamente, desde que o mundo é mundo ele não foi "Cristão" e tampouco monoteísta aos olhos da história.Reduzir os habitantes do invísvivel a somente mortos ou demônios - e anjos seria um desrespeito aos leitores e leitoras dos meus artigos e também a vastidão, diversidade, amplitude e alterídade de toda trajetória cultural da humanidade neste mundo.Como a divisão entre cultura e espiritualidade nunca foi exatamente clara aos olhos dos sábios, cada um escolhe aquilo que lhe "apetéce" e desperta mais afeto, sentido, pertencimento e principalmente envolvimento.

Particularmente gosto do mito que narra a origem dos "Dáctylos" entre as civilizações gregas. Eles surgem de quando a Deusa Rhea finca a ponta dos seus dedos no chão ao dar a luz ao pequeno Zeus, são invisiveis a maior parte do tempo, armados de escudos e lanças e em número de dez na maior parte das descrições (cinco meninos e cinco meninas).E com o tempo eles viriam a ser responsáveis por intermediarem a comunicação dos oraculistas e daqueles que respondem através dos oráculos (além de protegerem o pequeno Zeus e posteriormente Dyoniso).Os Dactylos eram exmínios lançadores de feitiços e ambíguos por natureza. Intermediavam os oráculos do pêndulo na região do célebre oráculo de Delfos...posteriormente muitos outros oráculos foram atribuídos a eles.Curiósamente a palavra Dáctyl quer dizer "dedos" em grego.O autor J. Edward Cornelius aponta que:"(...)dedos sempre foram uma ferramenta poderosa e tiveram um papél importante em diferentes mitologias, religiões e mesmo na magia.Dedos são partes da mão, que Aleister Crowley cita como instrumentos mágickos por excelência.(...)". A ponta dos dedos e as mãos, com toda sua gestualidade, sinais secretos, mudras hindús, posições específicas na StadhaGaldr, nas simbologias da bruxaria tradicional associadas a gestos com a mão esquerda, no tantrismo, na reflexologia e em muitas outras terras - guardam interessantes expressões de poder.Creio que leitoras e leitores podem ser régiamente recompensados ao lerem as páginas 223-226 da obra "Grande Livro dos Mitos Gregos de Robert Graves, lançado no Brasil pela Ediouro".

Desenho automático
de um elemental por
Austin Osman Spare
Deixando a antiguidade e aportando na primeira metade do século XX entre os imigrantes italianos da cidade de São Paulo, cordões amarrados com anéis em meio de certos livros também eram um relevante oráculo espiritual na colônia - chamavam de perguntar ai São Catundo.Não muito diferente da utilização de pêndulos e cristais com funções semelhantes, prática comum do final dos anos noventa.E até mesmo da aparente brincadeira juveníl do jogo do compasso, que até hoje é praticada nos horários de recreio nas escolas brasileiras.Certamente, desdobramentos tárdios da tal Dactilomancia. Durante o final do século XIX tais guardiões ou "elementais" eram considerados apenas mitos gregos perdidos na cultura dominante.E os "espiritistas" daqueles tempos por certo temor de perseguição religiósa - e pesada referência ao iluminismo preferiram sujeitarem tais práticas ao domínio dos "mortos" ou espíritos que viria a ser socialmente mais aceito...e brochante sob todos os aspectos mais criativos e inspiradores associados a tais práticas.
Ilustração de um Homúnculo Alquímico
Se deixarmos de lado o pensar moderno e mesmo o pós-moderno, retomando um pensar mítico ou pré-moderno (que certamente altera o enfoque de diversas questões comumente aceitas nos dias de hoje como verdades absolutas - pois abrem uma porta para uma dimensão mítica que o racionalismo não conseguiu deletar) veremos que na morte o espírito de cada um parte para planos além da dualidade e deixa para trás uma "casca" ou "fragmento" que vai se desfazendo em meio a outros zilhões de cascas - mas ainda assim é um registro mecânico como um "álbum gravado em estúdio" do que foi a pessoa e sua vida.Neste caso aquele que partiu para além do abismo, seria o músico e as vivências que ocorreram duranta a gravação daquele álbum ou registro.Quando animados por energias vivificantes tais "Fragmentos" e "cascas consciênciais" precisavam ser reunidas e emuladas para assim poderem gerar comunicações com alguma coerência - como frames a serem colocados em uma linha do tempo - e assim reproduzirem cenas e passagens mecânicamente daqueles que haviam partido.Neste caso os "Dactylos" ou ainda os "elementais" seriam o suporte que receberiam e emulariam tal conteúdo fragmentário e se fariam acessíveis devidamente alimentados pelos magistas ou utilizadores de um canal de comunicação - nesta caso o tabuleiro Ouija ou o Jogo-do-Cópo.As consequências nefastas da falta de alimentação destes "seres" geram estranhos e interessantes casos de "vampirsmo" dos magistas e médiuns envolvidos em tais processos - muitos deles estudados por Aleister Crowley e tantos outros.O historiador e pesquisador Marcos Torrigo relata alguns destes casos interessantes na primeira edição da obra Vampiros:Rituais de Sangue(Madras, 2003).E a partir deste ponto a leitura da obra "Aleister Crowley e o Tabuleiro Ouija" de J.Edward Cornelius assegura uma jornada sobérba para a ampliação dos horizontes dos leitores e leitoras.Meus leitores e leitoras deste blog certamente irão se recordar que o tema destas "cascas" já foi anteriormente abordado no meu artigo "Sobre a Severidade, os Túneis e Atalhos da Árvore da Vida"Para quem não estiver familiarizado o magista e ocultistas britânico Kenneth Grant aponta que:"(...)é o nome dado a um mundo ou plano de entidades sem alma, que, como tais, não estão verdadeiramente vivas, mas apenas protelando-se em cascões de pessoas que já foram conscientes.Eles são autômatos tais como aqueles que assombram cemitérios ou sessões espíritas, e o magista é advertido para não traficar com eles de modo algum.Também entre os Qlifótes estão os mais perigosos remanescentes de elementais que já foram um dia altamente organizados que se arrastam numa existência sombria, vampirizando os vivos(...)" em o Renascer da Magia, Madras, 2003.Embora tal livro tenha sido originalmente publicado nos anos 70´s, nos dias de hoje (cerca de quarenta anos depois) as opiniões sobre este tema aparentam ser mais brandas, havendo até mesmo obras nacionais como "Rituálistica para o Dia a Dia" do ocultista Adriano Camargo Monteiro (Madras,2012) que apresentam tais "forças" como forças de outros povos não-judáicos - do oriente médio - e uma metodologia para serem acessadas e trabalhadas por conta do desenvolvimento de cada um.Para quem quiser conhecer mais sobre os Dáctylos sugiro a obra "O Grande Livro dos Deuses Gregos" do mitógrafo Robert Graves.Ao apreciarmos a obra de J.Edward Cornelius, inevitavelmente somos levados a tecermos conjecturas entre os Dactylos gregos e seus equivalentes alquímicos no papél dos Homúnculos.E mesmo utilizações mais recentes e re-significadas do "termo" na biologia e na semiologia, tornam o assunto ainda mais rico e alvo de futuros artigos.

5.O QUE FAZER AGORA?A própria origem moderna do Tabuleiro Ouija está intimamente ligada ao final do século XIX e toda febre midiática que este oferecia na comunicação com o "outro lado".Por volta de 1853, depois do sucesso do "automatismo", um francês chamado M.Planchette, criou um objeto triangular que seria o precursor do tabuleiro ouija moderno.Outros dizem que um norte-americano chamado Thomas Welton inventou tal objeto alguns anos antes.Há ainda quem diga que o tal francês foi mais uma das muitas lendas inventadas no século XIX e seu nome apenas era uma palavra francesa para "plaqueta".Todavia, a utilização dos triângulos para a evocação e invocação de certas deídades, elementais, e seres espirituais não eram e nem nunca foram uma novidade para praticantes de alta magia ou Goetia.A ampla quantidade de pseudomédiuns e o uso inescrupuloso e antiético de tabuleiros, jogos do copo e afins - fora o sensacionalismo midiático - renderam uma péssima imagem que perdura até hoje sobre os temas abordados neste artigo sobre Tabuleiro Ouija e Jogo-do-Cópo.

Depois de tanto sensacionalismo midiático, tais praticas passaram a ser mais discretas e realizadas a portas fechadas - até um fabricante de caixões de Maryland chamado E.C Reiche, devido a sua indústria singular, criou uma pequena mesa para os espíritos moverem e juntamente aos amigos  Elijah J.Bond e Charles Kennard criaram o modelo de Tábua Ouija mais conhecido dos dias de hoje.Assim veio a surgir a primeira empresa que fabricava em massa tais instrumentos pelo preço de um dólar e cinquenta cents.Os anúncios da companhia tinham como slogan:"Ouija. Um maravilhoso tabuleiro falante.Interessante e misterioso;sobresai nos resultados, clarividência, leitura da mente, percepção extra-sensorial; dará respostas inteligentes para qualquer pergunta.Testado no escritório de patentes antes da concessão dessas."Acredita-se que o nome "Ouija" tenha sido dado por um espírito, diziam que significava boa-sorte...os egiptologistas informaram que tal palavra nunca existiu nas Terras de Khem...a empresa foi tomada por dois investidores quase no final do século XIX.Nova gerência, novo nome na companhia e novo mito "Oui"(Sim em francês) e "Ja"(sim em alemão) um tabuleiro de Sim-Sim...os tabuleiros eram uma febre plagiados por inúmeras empresas concorrentes - quase todas com finais trágicos. Enfim, até os dias de hoje o tabuleiro Ouija é vendido como jogo de entretenimento nas lojas de lá. Inúmeras pendências judiciais rolaram sobre a taxação de impostos no tal jogo...

Iniciei este artigo falando que um jogo nada mais é do que um rito sem mito.Um entrentenimento social ou um dispositivo para momentos lúdicos.A base de funcionamento deste "jogo" abordado neste artigo é o automatismo, o transe mediúnico, o processo extático,  fenômenos de natureza psíquica e de natureza física são a base de muitos jogos e divertimentos.Jogos de dados, jogos de carta e ainda muitos e muitos outros - até mesmo muitos jogos esportivos (como o próprio futebol) tem raízes em uma dimensão (ou véu ou ainda camada ou "casca") anterior mítica e pagã - que há muito tempo acredita-se que ao "não-se-falar" sobre tais camadas e raízes elas desaparecerão da cultura e da sociedade contemporânea...este "reino de névoa" é inicialmente abordado neste meu outro artigo...mas como a poeira que se varre para debaixo do tapete...tais aparatos sempre, sempre retornam...dizem que os elementais temem a um demoníaco Chorozon.E alguns colegas Thelemitas dizem que o mesmo é o responsável por não deixar nada que foi varrido para debaixo do tapete permanecer por lá.Nesta primeira década do século XXI o tabuleiro Ouija e o "Jogo-do-Cópo" continuam por aí assombrando o imaginário pagão e ocultista - e principalmente sendo uma rica oficina de relatos diabólicos e inputáveis de culpa pelas religiões institucionalizadas da cultura dominante. Certamente o Tabuleiro Ouija e o Jogo-do-Cópo não são chaves-mestras para espíritos do mal e afins.Temos nesta questão apenas instrumentos e ferramentaria - uma tecnonologia espiritual - que pode ser usado corretamente ou incorretamente.Podem acontecer problemas sérios se quem utilizar não for bem treinado nas Artes e principalmente se não tiver uma boa fundamentação.Restringir esta temática ao arquétipo do "puro mal" ou apenas reforçar histórias de terror fantásticas, perderá uma abundância de recompensas e descobertas.Sim há resultados positivos, estruturantes e bem diferenciados das ciladas atribuídas a tais "mancias".A qualidade do buscador, de suas perguntas, de sua orientação, treinamento, fundamentação e conduta influem sobérbamente nos resultados.Basta não cair no papo-aranha de esquisotéricas surtadas ou de espiritistas que tudo é proíbido, tabú - ou simplesmente a realidade não-ordinária é apenas uma extensão dos próprios melíndres, preconceitos e nojinhos deles (e isso não tem nada de espiritual ou de inspirativo).Outra boa armadilha são aqueles picaretas que nunca tiveram (ou sequer tentaram) ter suas próprias vivências e experiências sobre tais assuntos e vivem só de fazerem ecos ou servirem de papagaios sobre estes temas - ou ainda como escravos de alguma suposta "autoridade" espiritual detentora de todas respostas - em geral pouco estimulantes e extensões de fadigas cotidianas e demais melíndres.Mas sem dúvida os mais patéticos a respeito de toda esta temática - dignos de serem rotulados de obsessores - são apresentadores de programas espiritualistas de horários comprados de rádios duvidósas.


Todo oráculo não sujeitado ao controle do "poder" político e religioso reinante é uma expressão anarquista e desafia as ordens, dógmas e padrões estabelecidos com o seu indomável poder.Quem aguentar cavalgar tais dragões daemônicos socráticos e se bancar, seja bem vindo! Enfim, entrego cada um de vocês ao longo e aveludado manto negro da noite - afinal na escuridão só vive aquilo que você cultiva, alimenta e atrai para sí abundantemente enquanto farol ou estrela...ou simplesmente com suas escolhas e condutas também nas horas diurnas, e que em vão procura obsessivamente em terceiros deste e de outros mundos.Feliz Halloween!!!





8 comentários:

  1. Nossa Realmente INCRÍVEL, Se eu tinha duvidas não tenho mais!

    ~Max

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  2. É só um texto meu bom amigo!Que lança luzes e sombras, contrastes e folhas secas...e leva a temática abordada por olhares e pensamentos menos fatigantes :-)

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  3. Muito interessante!

    Gostei de conhecer o seu pensamento sobre este assunto, muito embora eu tenha uma opinião diferente e caracterizada por um racionalismo extremado devido as minhas vivências enquanto outrora um religioso, e agora como um cético agnóstico.

    Se me permite, quero apenas fazer uma correção: no texto acima você mencionou os Mórmons e em seguida colocou entre parênteses: Igreja Adventista do Sétimo Dia. A denominação religiosa conhecida popularmente como "Mórmons" é a "Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", cujo fundador é Joseph Smith. Os Adventistas do Sétimo Dia são já uma outra denominação religiosa oriunda de um movimento de reavivamento interdenominacional estadunidense cujas origens reportam a Willian (Guilherme) Miller (movimento Milerita), e cujo pioneiro mais destacado foi (e ainda é) a sua profetiza Ellen White.

    Agradeço a gentileza de mencionar o meu nome em seu artigo e também por colocar um link para o meu blog.

    Um forte abraço,
    Cleiton Heredia

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    1. Grande Clayton,
      Gratidão pela leitura meu bom amigo.O interessante da "Blogosfera" é o fato de podermos compartilhar idéias e nos conhecermos sempre mais um pouco - unas aos outros!
      Como disse somos todos luzes, sombras e contrastes complementando uns aos outros!

      Valeu pelo "toque" referente a diferença entre "Adventistas do sétimo dia" e "Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias"!

      Forte abraço!E vou adorar ler um texto com sua visão e vivência sobre este tema!

      Lord A:.

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  4. Isso me fez lembrar de umas colegas chatas, que nos meus dias de colegial gostavam de me infernizar por eu ser 'diferente'.
    Um dia todas elas chegaram pra aula com cara de desgosto, e uma delas veio me pedir ajuda: não sei de quem partiu a ideia, mas elas fizeram uma reunião na casa de uma delas e, sem entender nada de nada, fizeram a adivinhação do copo... e o espírito 'adivinhante' resolveu ficar pela casa mesmo, dando sensações de pavor na moçadinha descolada. Dai elas resolveram pedir ajuda pra 'bruxa'(oi?eu?), que com certeza saberia lidar com aquilo e tirar o 'espírito do mal' (Mumm-rá?) da casa dela. Ok, fiquei com dó da sujeita(porque sentir medo é uma coisa muito horrível que eu não desejo nem pras minhas oponentes), peguei um papel e escrevi uma oração. Dei pra ela e mandei que reunisse as mesmas pessoas que estavam no jogo do copo, que se sentassem na mesma posição e repetissem aquelas palavras que eu escrevi, com toda a confiança de que estivessem fechando a porta que abriram.
    Os dias se passaram e elas nunca mais me incomodaram na escola. Por um motivo estranho, todo o desprezo delas se converteu em respeito... e eu fiquei sendo bruxa sem ser! XD

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    1. Adorei conhecer seu relato Onçana!Parabéns pela coragem de compartilha sua vivência por aqui.Penso que as pessoas usem muitos nomes e rótulos para nomearem quem é capaz de interagir com a realidade não-ordinária ou simplesmente aquela enevoada terra acessível pela dimensão mítica da vivência humana...

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  5. Excelente a matéria Lord!
    É uma daquelas que leio e penso "poxa, eu queria ter escrito isso".
    Parabéns!

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    1. Valeu Oscar!Era um tema polêmico e controverso, que há muito tempo eu vinha "escrevinhando" alguns pontos de acesso para poder aborda-lo apropriadamente.Pela quantidade de leituras, mensagens e emails - creio ter obtido um êxito parcial!Tudo de bom a você!

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